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Traduzido por: Catarina Eleonora F. da Silva
Páginas: 118
Ano de edição: 2002
Peso: 195 g
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Edgar Morin é considerado o maior pensador da educação, com efetiva projeção internacional. “Os Sete Saberes Necessários à Educação” não é um novo programa educativo, nem para alfabetizar adultos, nem para proporcionar a graduação de universitários. Ao contrário, trata-se de uma discussão que alinha as poucas e mais importantes condições para educar o cidadão do futuro. É livro não restrito aos técnicos e atores do sistema educacional. A leitura é muito agradável e os conceitos inteligível pelos mais variados leitores.
A educação do amanhã, abordando:
1) As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão.
2) Os princípios do conhecimento pertinente.
3) Ensinar a condição humana.
4) Ensinar a identidade terrena.
5) Enfrentar as incertezas.
6) Ensinar a compreensão.
7) A ética do gênero humano.
Ensinar a Condição Humana. A educação do futuro deverá ser o ensino primeiro e universal, centrado na condição humana. Estamos na era planetária; uma aventura comum conduz os seres humanos, onde quer que se encontrem. Estes devem reconhecer-se em sua humanidade comum e ao mesmo tempo reconhecer a diversidade cultural inerente a tudo que é humano. Conhecer o humano é, antes de mais nada, situá-lo no universo, e não separá-lo dele. Como vimos (Capítulo 1), todo conhecimento deve contextualizar seu objeto, para ser pertinente. "Quem somos?" é inseparável de "Onde estamos?", "De onde viemos?", "Para onde vamos?" Interrogar nossa condição humana implica questionar primeiro nossa posição no mundo. O fluxo de conhecimentos, no final do século XX, traz nova luz sobre a situação do ser humano no universo. Os progressos concomitantes da cosmologia, das ciências da Terra, da ecologia, da biologia, da pré-história, nos anos 60-70, modificaram as idéias sobre o Universo, a Terra, a Vida e sobre o próprio Homem. Mas estas contribuições permanecem ainda desunidas. O humano continua esquartejado, partido como pedaços de um quebra-cabeça ao qual falta uma peça. Aqui se apresenta um problema epistemológico: é impossível conceber a unidade complexa do ser humano pelo pensamento disjuntivo, que concebe nossa humanidade de maneira insular, fora do cosmos que a rodeia, da matéria física e do espírito do qual somos constituídos, bem como pelo pensamento redutor, que restringe a unidade humana a um substrato puramente bioanatômico. As ciências humanas são elas próprias fragmentadas e compartimentadas. Assim, a complexidade humana torna-se invisível e o homem desvanece" como um rastro na areia". Além disso, o novo saber, por não ter sido religado, não é assimilado nem integrado. Paradoxalmente assiste-se ao agravamento da ignorância do todo, enquanto avança o conhecimento das partes. Disso decorre que, para a educação do futuro, é necessário promover grande remembramento dos conhecimentos oriundos das ciências naturais, a fim de situar a condição humana no mundo, dos conhecimentos derivados das ciências humanas para colocar em evidência a multidimensionalidade e a complexidade humanas, bem como integrar (na educação do futuro) a contribuição inestimável das humanidades, não somente a filosofia e a história, mas também a literatura, a poesia, as artes.
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Numa visita a sede da Unesco, em Brasilia, ganhei este livro
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